quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Trabalhadores, aposentados e pensionistas de todo o RS reúnem-se para seminário em Butiá

Na terça-feira, 9/8, aconteceu o 1º Seminário de Aposentado, Pensionista e Idoso, numa realização da AMAPRC – Associação de Mineiros Aposentados e Pensionistas da Região Carbonífera, com apoio da NCST-RS – Nova Central Sindical de Trabalhadores-RS, COBAP – Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas e FETAPERGS – Federação dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas do RS, no CTG Saudades do Pago, em Butiá-RS, com a presença de mais de uma centena de participantes.
Na mesa de abertura, além de autoridades municipais, estiveram presentes, o presidente da Nova Central-RS, Oniro Camilo; o presidente da FETAPERGS, Pedro Kuhn; o presidente da Federação dos Mineiros do PR, SC e RS, Genoir Santos (Foquinha); pela COBAP, Carlos Olegário; o presidente da AMAPRC, Adenir Fagundes e o advogado Dr. Airton Forbrig, da Forbrig Advogados Associados.



Inicialmente, o companheiro Foquinha falou sobre as mudanças na Previdência e as dificuldades que os trabalhadores vão ter para se aposentar. Também disse que o governo não está interessado na parte social e que o povo vai sofre muito com isso.
O presidente da NCST-RS, Oniro Camilo fez um grande chamamento para mobilização, “porque estão roubando nossos direitos, e ainda temos de ficar atentos ao processo eleitoral, e aos candidatos que vamos escolher, que precisam ser identificados com os trabalhadores e aposentados”, disse muito enfático.
Pedro Kuhn, da FETAPERGS, fez um breve relatório das ações da Federação e pediu união, “porque estamos perdendo direitos. O trabalhador de hoje é o aposentado de amanhã”, completou.
O advogado Dr. Celso Pacheco explanou sobre a sistemática dos benefícios e as novas portarias lançadas pelo governo, e a Dra. Tiana Soares falou sobre as mudanças nas regras das aposentadorias, “é muito importante discutir Previdência e estar sempre muito bem informado, o trabalhador não pode perder direitos”, finalizou.
Na parte da tarde seguiram os debates sobre a Previdência Social e Pública e o encontro foi finalizado com um baile até às 18h, numa grande confraternização.

Ao final do 1º Seminário de Aposentado, Pensionista e Idoso, as entidades presentes assinaram uma carta de referendo às ações da Nova Central Sindical de Trabalhadores:

I SEMINARIO REGIONAL DE APOSENTADO, PENSIONISTA E IDOSO
Reunidos em Butiá no dia de hoje, 09 de agosto de 2016, as entidades ora nominadas Associação de Mineiros Aposentados e Pensionistas da Região Carbonífera, Nova Central Sindical de Trabalhadores do Estado do Rio Grande do Sul, Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas, Federação dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas do RS, Federação Interestadual dos Trabalhadores da Extração de Carvão dos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, Sindicato dos Mineiros do RS, Associação dos Aposentados e Pensionistas de Novo Hamburgo, Associação Única dos Rodoviários Aposentados do RS, Associação dos Aposentados e Pensionistas e Idosos do Centro-Serra de Sobradinho, Associação dos Trabalhadores e Aposentados e Pensionistas de Uruguaiana, Associação dos Aposentados e Pensionistas de Cachoeira do Sul, Associação de Aposentados e Pensionistas de Caçapava do Sul, Sindicato dos Metalúrgicos de Charqueadas, Sindicato dos Ferroviários do RS, Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, Mobiliário e Similares do Vale do Taquari, Sindicato dos Rodoviários de Viamão, Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Extração de Madeira e Lenha do RS, Sindicato dos Empregados em Turismo, Bares, Restaurantes de Santa Maria (SECOTHUR), Centro de Tradição Gaúcha Zeca Netto, vem ratificar e apoiar o documento que foi proposto pelas centrais sindicais em Assembleia Nacional de Trabalhadores e Trabalhadoras pelo Emprego e Garantia de Direitos.
As Centrais Sindicais CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST e CSB, reunidas no dia 26 de julho de 2016, em São Paulo, na ASSEMBLEIA NACIONAL DOS TRABALHADORES/AS PELO EMPREGO E PELA GARANTIA DE DIREITOS, entendem que os trabalhadores/as brasileiros enfrentam dois grandes desafios: o aumento do desemprego com redução de salários e o desmonte das políticas de inclusão social, inspiradas na vontade da população, expressas na Constituição Cidadã de 1988, e nas conquistas dos últimos anos.
A luta que se deve travar requer organização e mobilização para resistir e combater ameaças ao regime de Previdência e Seguridade Social, às relações de trabalho e emprego e as tentativas de criminalizar os movimentos sociais.
Contra o desemprego
De todos os males que podem se abater sobre os/as trabalhadores/as, o maior e mais grave é o desemprego, cujas consequências sociais e psicológicas são devastadoras para quem perde o emprego, para sua família e para toda a sociedade. Nesse sentido, todo esforço para defender o emprego será pouco diante do potencial desagregador que sua ausência significa. O mercado interno, fundamental para o crescimento econômico, só se viabiliza se as pessoas estiverem empregadas e recebendo salários, o que prova a história recente do país. Além disso, quanto mais pessoas estiverem empregadas, maiores serão as possibilidades de financiamento da Previdência e Seguridade Social. Apesar da importância do emprego para a sociedade, o governo não tem atuado para a solução desse grave problema. Ao contrário, na contramão do que deseja toda a sociedade, tem proposto medidas que aprofundam cada vez mais o drama dos/as trabalhadores/as.
Previdência e seguridade social
Constituem medidas inaceitáveis e contrárias aos interesses mais elementares dos/as trabalhadores/as, dos aposentados e beneficiários do sistema previdenciário as propostas de alterações da idade mínima para aquisição do direito à aposentadoria; a desvinculação dos benefícios previdenciários dos reajustes concedidos ao salário mínimo; a equiparação da idade mínima para aposentadoria de homens e mulheres; o nivelamento do tratamento previdenciário entre trabalhadores/as urbanos e rurais e a incorporação do Ministério da Previdência Social ao Ministério da Fazenda.
Os/as trabalhadores/as continuarão lutando pela manutenção e avanço das regras que regem a Previdência e resistindo aos ataques que lhe são dirigidos.
Flexibilização das relações de trabalho
 Com a economia em recessão, o mercado de trabalho se enfraquece, o desemprego cresce, os salários caem, a informalidade avança, a rotatividade da mão de obra aumenta e o processo indiscriminado de terceirizações se generaliza. Esse conjunto de fatores precariza as condições e as relações de trabalho, fragiliza a organização e o poder de barganha dos/as trabalhadores/as e reduz a participação dos salários na renda nacional.
Algumas armadilhas têm sido colocadas no caminho dos/as trabalhadores/as e vendidas como solução para os problemas do emprego.
É enganoso acreditar que as condições que permeiam o processo de negociação no Brasil asseguram o mesmo poder de barganha às partes envolvidas: ausência de organização no local de trabalho; persistência de práticas antisíndicais; restrições ao direito de greve; e interdito proibitório, entre outros entraves, evidenciam a desvantagem dos/as trabalhadores/as em relação aos patrões.
As Centrais Sindicais, além de defenderem, insistente e cotidianamente, o fortalecimento das negociações coletivas como instrumento para o avanço das condições legalmente previstas, não abrem mão do patamar mínimo legal assegurado pela CLT e pela Constituição Federal de 1988.
Considerando a necessidade urgente do aumento dos níveis de emprego, as Centrais Sindicais convocam todos/as os/as trabalhadores/as para o Dia Nacional de Mobilização e Luta pelo Emprego e pela Garantia de Direitos, a ser realizado em 16 de agosto de 2016, em todo o Brasil e reivindicam a adoção das seguintes medidas, como formas de combater o desemprego, gerar mais empregos e manter os direitos e as conquistas dos trabalhadores e das trabalhadoras:
— Redução da taxa de juros que viabilizem a retomada do crescimento industrial;
— Redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução de salários;
— Retomada do investimento público e privado em infraestrutura produtiva, social e urbana, ampliando os instrumentos para financiá-la;
— Retomada e ampliação dos investimentos no setor de energia, como petróleo, gás e fontes alternativas renováveis, em especial a Petrobrás e o Pré-Sal;
— Destravamento do setor de construção, através de instrumentos institucionais adequados, que garantam a manutenção das atividades produtivas e dos empregos nas empresas do setor;
— Criação de condições para o aumento e manutenção da produção e das exportações da indústria de transformação;
— Adoção e aprofundamento de políticas que deem sustentação ao setor produtivo, de adensamento das cadeias e reindustrialização do país, com contrapartidas sociais e ambientais;
— Incentivos às políticas de fortalecimento do mercado interno para incrementar os níveis de produção, consumo, emprego, renda e inclusão social.

São Paulo, 26 de julho de 2016.
Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores.
Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical.
Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores.
Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil.
José Calixto Ramos, presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores.
Antônio Neto, presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros.

Assinam o presente documento neste 1º Seminário de Aposentado,
Pensionista e Idoso – 9/8/2016 – Butiá-RS:

Adenir Loreto Fagundes, Associação de Mineiros Aposentados e
Pensionistas da Região Carbonífera

Oniro da Silva Camilo, Nova Central Sindical de Trabalhadores do
Estado do Rio Grande do Sul

Carlos Olegário, Confederação Brasileira de
Aposentados e Pensionistas

Pedro Khum, Federação dos Trabalhadores
Aposentados e Pensionistas do RS

Genoir dos Santos, Federação Interestadual dos Trabalhadores da
Extração de Carvão dos Estados do Paraná

Tânia Herrera, Secretaria da Mulher da Confederação Brasileira de
Aposentados e Pensionistas