Assim como a Nova Central nacional, a NCST-RS não concorda,
ou compactua, com a ação deferida pela Polícia Federal neste 4/3, que levou o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de forma coercitiva e violenta para
depor. No texto abaixo, o presidente nacional da central, José Calixto Ramos,
expõe as razões pelas quais repudiamos esta ação e no quanto isso ataca o
Estado Democrático de Direito e a classe trabalhadora no enfrentamento das
crises política, econômica e moral! Confira.
ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO ESTÁ ACIMA DA DISPUTA DO PODER!
Por questão de princípio a Nova Central Sindical de
Trabalhadores (NCST) é contra injustiças. Por esta razão não compactua com a
ação deferida pela Polícia Federal nesta madrugada (4/3), que de forma violenta
conduziu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Lula) para depor no
aeroporto de Congonhas em São Paulo.
Como cidadão, Lula sempre se dispôs colaborar com a Justiça
e, espontaneamente, poderia prestar os devidos esclarecimentos. Nos últimos
meses, prestou informações e depoimentos em quatro inquéritos, inclusive no
âmbito da Operação Lava Jato.
Dezenas de testemunhas foram ouvidas sobre estes fatos
alegados pela Força tarefa, em depoimentos previamente marcados. Por que logo
ele foi submetido ao constrangimento da condução coercitiva? O tempo com
certeza se encarregará de dar esta e outras respostas.
Por ser uma pessoa com residência fixa e de conhecimento
público, entendemos que a condução coercitiva foi injusta, injustificável,
arbitrária e todos os que têm fé nas instituições do Estado Democrático de
Direito, no Brasil, não deve aceitar atos violentos contra a cidadania e contra
o povo brasileiro.
Neste momento, a duras penas a classe trabalhadora tem
resistido e enfrentado a crise política, econômica e moral. O momento é de
muita união e reflexão sobre todos os acontecimentos. Esperamos que a Justiça
faça seu papel bem feito, sem afrontar a democracia brasileira.
José Calixto Ramos
Presidente Nacional da Nova Central